O coração de um paciente saudável funciona de maneira ritmada e controlada, sem grandes descompassos e com a capacidade de acelerar e desacelerar sua frequência, bombeando diferentes níveis de sangue ao corpo, sempre que necessário, preparando o organismo para diferentes situações.
A descrição acima, como explicado, é o funcionamento ideal do coração e de como ele afeta nosso corpo. Porém, em alguns casos, quando ele deixa de trabalhar corretamente, é necessário intervir, muitas vezes, com um marca-passo.
Esta é a grande indicação para regular o ritmo cardíaco e impedir que o coração sofra com a disritmia.
Vamos entender mais sobre estes dispositivos e quando são uma boa opção?
Compreendendo o marca-passo
Este é um dispositivo implantável que, como dito, tem a capacidade de monitorar e entrar em ação quando identificar que o coração está recebendo estímulos descompassados. A sua aplicação é feita cirurgicamente e com sedação endovenosa, diminuindo as chances de desconforto do paciente.
Junto da inserção do dispositivo no corpo, são implantados também eletrodos especiais no coração que chegam no músculo através das veias e são responsáveis por fazer este monitoramento contínuo.
Após a aplicação, é possível que o marca-passo dure até 10 anos, mas isso depende absolutamente dos cuidados do paciente e, claro, do acompanhamento médico regular.
Diferentes tipos de aparelho podem ser indicados pelo cardiologista dependendo do diagnóstico do quadro. Vamos entender?
Tipos de marca-passos e quando são indicados
Em quatro tipos diferentes de diagnósticos a pessoa pode precisar do implante:
- Para os casos de Bradicardia, quando o paciente apresenta o chamado “coração lento”, em que o ritmo cardíaco é mais lento do que deveria. Para este paciente o marca-passo convencional costuma ser a indicação principal.
- Já nos casos de insuficiência cardíaca, quando o coração pode falhar por falta de força, os chamados marca-passos ressincronizadores são a melhor opção, pois atuam melhorando o desempenho do músculo e, assim, recuperam o ritmo ideal. Aliás, este é um quadro que é comumente associado a um distúrbio elétrico chamado “Bloqueio do Ramo Esquerdo”.
- Ainda, alguns pacientes podem receber um “duplo diagnóstico”, identificando que o coração sofre tanto de Bradicardia quanto do bloqueio do ramo esquerdo. Para a correção destes problemas, um marca-passo com dupla finalidade é indicado.
- Para os casos de algum tipo de Taquicardia Ventricular, é importante que os pacientes tenham um acompanhamento mais regular. Para isso, os Cardiodesfibriladores Implantáveis (CDI) são a melhor opção, pois são capazes de monitorar, identificar e agir em situações de descompasso do ritmo cardíaco, evitando assim a ocorrência de AVCs e até morte súbita.
Em casos mais peculiares, o monitoramento do ritmo cardíaco pode necessitar de um acompanhamento mais rigoroso, como se a pessoa precisasse fazer exames diariamente e de forma prolongada.
Em situações assim, uma forma de garantir o monitoramento prolongado é com o implante de Dispositivos de Monitoração Contínua, que pode funcionar por longos períodos, até anos, inclusive.
Nestes casos, o dispositivo não possui fios, mas tem a capacidade de registrar continuamente o ritmo cardíaco e quaisquer alterações nos batimentos cardíacos, enviando os dados ao médico responsável.
A qualidade do acompanhamento e a segurança do paciente e do dispositivo dependem do acompanhamento médico após a sua inserção.
Somente os exames completos e a avaliação de um cardiologista podem indicar a melhor abordagem para cada caso, além do melhor tipo de marca-passo quando necessário. Sendo assim, é essencial a consulta com um especialista de maneira regular.
Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires
Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre.
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