O que é a Taquicardia Ventricular?

Taquicardia Ventricula

A Taquicardia Ventricular é uma arritmia potencialmente maligna e muito perigosa, geralmente secundária a alguma cardiopatia. Ela se define por uma atividade elétrica de alta frequência, lançada por estímulos gerados por um foco ectópico nos ventrículos. Essa atividade de alta frequência vai impedir que o coração realize, ou perceba, a estimulação vinda do nó sinusal. 

O coração não vai responder em contratação a estimulação vinda do nó sinusal, ele vai passar a ouvir somente o foco ectópico na região dos ventrículos. Com a alta frequência cardíaca, como o coração vai bater muito rápido, o ventrículo também contrai rapidamente e faz com que não seja gerado fluxo sanguíneo.

Qual a diferença entre Taquicardia Ventricular e Extra Sístoles?

A Taquicardia Ventricular é muito parecida com as Extra Sístoles então, muitas vezes, os médicos se deparam com contrações extras do ventrículo. Uma vez que este estímulo acaba desencadeando uma frequência acelerada, ou seja, ele deflagra várias estimulações consecutivas, é possível ter uma sequência de Extra Sístoles que é compreendida pelo médico como uma Ventricular. 

A partir de três Extra Sístoles ventriculares consecutivas, a arritmia já pode ser vista como uma Taquicardia Ventricular. As Extra Sístoles são comuns se estiverem de maneira isolada, ou seja, uma Extra Sístole no meio do caminho, ou com frequência baixa, é completamente normal. 

O problema é quando existe mais de três Extra Sístoles consecutivas ou um número muito grande porque todas as vezes que o paciente ter uma estimulação elétrica fora do padrão, significa que o foco ectópico está excitando a região muscular, o que é responsável por desencadear a Taquicardia Ventricular.

Quais são as formas de Taquicardia Ventricular?

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Não sustentadas

Quando existe uma sequência de contrações ventriculares inferiores a 30 segundos de duração.

Sustentadas

Acontece quando é possível ver a continuidade da Arritmia por um tempo superior a 30 segundos.

Ventricular Monomórfica

Quando existe um complexo QRS largo, maior que 0,12 segundos de duração e com a mesma morfologia. A frequência cardíaca é acima de 100 batimentos por minutos, com início e fins que podem ser ou não súbitos.

Ventricular Polimórfica

Acontece quando os complexos também estão alargados, mas eles têm múltiplas morfologias. Nessa taquicardia, há diminuição e aumento progressivo das voltagens dos complexos QRS. Ou seja, a força e intensidade elétrica aumenta e diminui, consecutivamente. 

O ritmo da Ventricular é considerado uma modalidade de parada cardíaca justamente por não ser batimento cardíaco efetivo, não gerando fluxo sanguíneo para o corpo e para o cérebro. Portanto, há necessidade de atuação imediata.

Qual é o tratamento da Taquicardia Ventricular?

Paciente instável

O paciente instável é aquele que já perdeu o nível de consciência porque não existe fluxo cerebral. O tratamento indicado para esse tipo de paciente é a Cardioversão elétrica, com utilização de 360 joules no choque.

Paciente estável

Se o paciente estiver estável, ou seja, ainda tiver nível de consciência, o tratamento é com antiarrítmicos como Amiodarona, Lidocaína e Procainamida. Se, mesmo assim, o paciente não apresentar boa resposta, a Cardioversão passa a ser indicada.

Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires

Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre. Clique aqui para conhecer os locais de atendimento e agendar uma consulta.

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