Como a Fibrilação Atrial acontece e quando a ablação é a melhor opção?

homem sendo examinado por médica pós ablação

A Fibrilação Atrial é uma condição identificada atualmente em cerca de 5 milhões de brasileiros, principalmente na parcela da população acima dos 65 anos. A principal abordagem de tratamento é a Ablação, que, apesar de ser uma técnica mais invasiva, tem excelentes resultados na qualidade de vida dos pacientes.

Ainda que seja diagnosticada em um número tão alto como o indicado acima, muitas pessoas não compreendem a doença completamente, tanto em relação ao seu surgimento quanto às possibilidades de tratamento.

No artigo abaixo, vamos entender o surgimento da Fibrilação Atrial e como a Ablação se torna a solução ideal para certos casos.

Acompanhe a leitura!

Como a Fibrilação Atrial acontece

A Fibrilação Atrial é o tipo mais comum das chamadas Arritmias Cardíacas e pode ter um desenvolvimento bem perigoso quando não recebe o acompanhamento necessário. Isso porque ela vai, aos poucos, alterando o ritmo do coração do paciente e, assim, podendo comprometer a sua qualidade de vida.

Fundamentalmente, a doença se caracteriza pela irregularidade nas transmissões dos impulsos elétricos que são responsáveis por coordenar o ritmo cardíaco, fazendo com que o coração bata de maneira “desordenada”.

Em casos mais graves, o número médio de batimentos pode até dobrar, já que os átrios (câmara superior do coração) ficam muito acelerados.

O tratamento e acompanhamento médico adequado podem impedir a evolução da doença.

Quais as possíveis consequências?

Como mencionado inicialmente, a parcela da população que costuma ser afetada por este quadro está acima dos 65 anos. Mas, além disso, grande parte dos pacientes também acaba sofrendo de insuficiência cardíaca.

Isso porque, aos poucos, a sobrecarga de estímulos que acontece no coração acaba enfraquecendo-o e possibilitando o surgimento de ainda outros problemas cardíacos. Além disso, o quadro estimula o surgimento de coágulos que podem ser transportados para o coração e, assim, causar um AVC.

Ainda, a Fibrilação Atrial pode ser compreendida e diagnosticada em quatro diferentes estágios evolutivos, que indicam o “tempo de arritmia” em que o paciente se encontra.

São eles:

Fibrilação Atrial Paroxística – neste caso, a taquicardia e seus sintomas vão desaparecer sem que nenhum tratamento seja feito dentro de 7 dias. O paciente costuma relatar palpitação, falta de ar, tontura e dores no peito, sinais que podem estar relacionados a outros problemas. São considerados “episódios” curtos, pois costumam durar de alguns minutos a poucas horas.

Fibrilação Atrial Persistente – Aqui, o quadro já dura mais um tempo, entre 7 dias e até 12 meses, além de que os sintomas percebidos não acabam desaparecendo sozinhos. A cardioversão elétrica costuma ser uma abordagem comum.

Fibrilação Atrial Persistente de Longa Duração – Neste caso, os sintomas são percebidos ao longo de mais tempo, passando dos 12 meses. Também se trata de um caso mais sério, já que o músculo do coração fica “viciado”, emitindo quase automaticamente os sinais elétricos que desencadeiam a disritmia.

Fibrilação Atrial Permanente – Neste caso, as abordagens de tratamento, mesmo a Ablação por catéter deixa de surtir efeito no paciente e as possibilidades se tornam bem limitadas.

homem pós ablação sendo examinado por médico e enfermeira

Quando a Ablação se torna a melhor opção?

Como identificado acima, há um estágio em que o músculo do coração já sofreu tantos estímulos, que ele passa a trabalhar desta forma acelerada naturalmente, comprometendo seu ritmo natural de maneira prolongada.

Nestes casos de Fibrilação Atrial Persistente, é comum que a abordagem cirúrgica seja recomendada. Isso porque os cateteres utilizados durante a ablação irão minuciosamente auxiliar o cirurgião a identificar e então cauterizar os pontos de interferência, ou seja, que estão emitindo os estímulos incorretos.

Importante destacar dois pontos que fazem toda a diferença nos casos de Fibrilação Atrial: primeiro que, quanto antes se identifica a condição, maiores são as possibilidades de tratamento, além de terem mais chances de sucesso, já que o coração terá sofrido menos com o tempo. 

E o segundo ponto é que este é um quadro identificado também na população mais jovem, o que reforça a necessidade dos exames periódicos e visitas frequentes ao médico especialista.

Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires

Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre.

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