Nos últimos 20 anos, a morte por diabetes teve um aumento de mais de 70%, segundo dados da OMS. Além disso, doenças cardíacas são responsáveis por 16% das mortes causadas no mundo todo.
Por isso, no dia 14 de novembro foi considerado o dia mundial da diabetes e hoje trouxemos este artigo, para que você possa entender o quanto pode afetar a sua saúde cardiovascular.
Mas, o que é a diabetes?
A diabetes é uma doença metabólica que ocorre devido à falta ou insuficiência na produção de insulina, que é produzida no pâncreas pelas células betas, e, como consequência, acaba aumentando o nível de açúcar no sangue (desenvolvendo um quadro de hiperglicemia). Ou seja, o diabetes é um quadro clínico de hiperglicemia prolongado.
A diabetes pode ser desenvolvida em dois quadros principais:
Quadro de Diabetes Tipo 1
O quadro de diabetes Tipo 1 é formado quando as células betas do pâncreas são destruídas por um processo imunológico, onde, o organismo desenvolve anticorpos contra essas células betas e resultando na insuficiência de insulina.
Os sintomas mais comuns no início do desenvolvimento do quadro são:
- Sede;
- Diurese (excesso ou dificuldade de urinar);
- Fome excessiva;
- Cansaço e fraqueza;
Em caso de não tratamento ou até mesmo diagnóstico tardio, esse quadro de sintomas pode evoluir para Cetoacidose Diabética, necessitando de internação, podendo apresentar os seguintes sintomas:
- Desidratação severa;
- Sonolência;
- Vômitos;
- Dificuldade de respirar;
- Coma.
Quadro de Diabetes Tipo 2
A grande maioria dos casos desenvolvidos da diabetes é do Tipo 2. Estima-se que 90% dos casos são do Tipo 2. Nesse quadro, as células betas pancreáticas produzem a insulina de forma que o paciente acaba se tornando resistente à insulina pela sua função ineficaz.
Como esse quadro se desenvolve de forma mais lenta, é possível que o paciente demore anos para descobrir, assim o quadro só será diagnosticado na forma mais avançada, onde os sintomas mais comuns são:
- Sede;
- Aumento da diurese;
- Dores nas pernas;
- Alterações visuais;
- Desidratação;
- Coma.
E qual a relação da diabetes com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares?
Primeiramente, é importante deixar claro, que por doenças cardiovasculares englobamos: infarto do coração, derrame cerebral, doenças vasculares periféricas, cirurgias de ponte de safena e angina.
Quando o assunto é o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é preciso compreender que pessoas diabéticas aumentam em até 3x o risco de morte por doenças cardíacas. E isso ocorre porque com o aumento da taxa de glicose no sangue, as paredes da artéria são prejudicadas, causando pequenas lesões. Essas lesões vão se transformando em placas de gordura, que impedem a livre circulação do sangue nessas regiões.
E, por que a gordura abdominal é tão prejudicial?
A gordura abdominal, ou popularmente conhecida como “barriguinha de cerveja”. Essa região quando contém muito acúmulo de gordura, favorece a proliferação de células produtoras de substâncias inflamatórias que se alojam no sangue, formando placas de gorduras e dificultam a passagem do sangue, aumentando as chances de causar infarto ou derrame.
É possível ter uma vida normal sendo diabético?
Atualmente, a vida de um diabético pode ser tão normal quanto de uma pessoa sem diabetes. O avanço da medicina foi muito importante para os resultados de hoje em dia, além da veiculação de informações.
Por isso a resposta dessa pergunta final é: sim! Não só é possível quanto é muito comum, a pessoa diabética ter uma vida mais saudável que uma pessoa normal, devido a todos cuidados que tomam na sua rotina e o acompanhamento de médicos responsáveis, por manter suas comorbidades controladas.
Além disso, ressaltamos uma rotina de atividades físicas, principalmente pensando na redução de peso e gordura (na região do abdômen que é bastante perigoso), uma alimentação adequada, evitar hábitos nocivos como o tabagismo.
Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires
Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre. Clique aqui para conhecer os locais de atendimento e agendar uma consulta.