Principais e mais modernos tratamentos cirúrgicos para arritmias cardíacas e suas características

homem idoso no cardiologista buscando tratamento para o coração

O diagnóstico de doença cardíaca não é uma sentença à uma vida com limitações ou sem qualidade. Atualmente, há diversas opções de tratamentos para os pacientes que buscam soluções mais eficazes e duradouras para os sintomas destes quadros ou então que já não respondem bem ao uso de medicamentos.

Nestes casos, a intervenção cirúrgica pode ser uma ótima opção, já que algumas técnicas visam a melhoria na qualidade de vida sem que seja necessário um procedimento muito invasivo e com grandes riscos.

Vamos apresentar neste artigo, 3 dos principais tratamentos para doenças cardíacas e seus prós e contras.

Acompanhe a leitura!

Tratamento 1: Ablação por cateter

Este é um procedimento bem pouco invasivo, mas que, como qualquer intervenção cirúrgica, só é indicado em casos muito necessários. Nos casos de Fibrilação Atrial, em que o paciente já não responde à abordagem medicamentosa ou busca uma solução mais definitiva, o médico pode recomendar a ablação por cateter.

Neste caso, com a ajuda de um cateter elétrico sensível, o médico pode identificar quais as áreas do músculo cardíaco estão apresentando alguma diferença e interferindo no ritmo do coração. Com isso, é possível realizar a ablação em si, que é a destruição (neutralização) destas vias anormais.

  • Prós: como dito acima, este é um procedimento minimamente invasivo. Além disso, a recuperação do paciente costuma ser rápida e sem grandes complicações. O grande ponto positivo é que os sintomas como falta de ar e dor no peito costumam se atenuar bastante após a cirurgia, melhorando a qualidade de vida da pessoa. 
  • Contras: como qualquer intervenção cirúrgica, a ablação oferece alguns riscos, dentre eles o derrame e o estreitamento das vias pulmonares. 

Tratamento 2: Marca-passo

Uma outra possibilidade para quem deseja amenizar os sintomas para alguns casos de problemas cardíacos é o implante de marca-passo.

O marca-passo em si é um aparelho que envia pequenos estímulos elétricos para manter os batimentos cardíacos no ritmo desejado. Seu implante é sob a pele, logo abaixo da clavícula, e é ligado ao coração por fios minúsculos que vão transmitir a carga. Cada caso pode ter um período de uso diferente, podendo ser mais longo ou por períodos curtos pré-determinados.

  • Prós: Para os pacientes que sofrem de bradicardia, a melhora é indiscutível. Há um grande ganho de energia e menos sensação de falta de ar, o que garante mais qualidade de vida ao paciente.
  • Contras: Os principais riscos se baseiam, mas não se limitam, às questões de rejeição ou possibilidade de infecção no local do implante. Além disso, as cargas de energia do marca-passo podem se desregular, por isso é importante o acompanhamento direto com um especialista da área.

Tratamento 3: Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI)

Bem parecido com o marca-passo, o desfibrilador é também um dispositivo implantável que monitora o ritmo dos batimentos cardíacos. Sua principal função é evitar paradas cardíacas em pacientes com predisposição a arritmias. Ao detectar qualquer descompasso, ele dispara um choque elétrico que restaura o ritmo ideal.

  • Prós: A melhor funcionalidade desse aparelho é o monitoramento constante dos batimentos, evitando com antecedência qualquer emergência. Neste caso, o paciente fica quase como em constante acompanhamento.
  • Contras: Também como no marca-passo, o corpo pode rejeitar o aparelho ou então ele pode ser ativado de maneira irregular.
tratamentos para o coração

Como sempre alertamos aqui, toda e qualquer decisão a respeito da saúde do coração e seus tratamentos deve ser feita em parceria do médico com o paciente, levando em consideração as particularidades de cada caso. Prós, contras e quaisquer outros detalhes de tratamento devem ser discutidos e esclarecidos a fim de se tomar a melhor decisão.

Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires

Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre.

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