Uma das soluções mais eficazes para quem sofre de arritmia cardíaca, é a ablação por cateter. A vida de quem sofre por problemas no sistema elétrico cardiovascular pode ser tão normal quanto pessoas que não possuem distúrbios cardíacos, desde que buscando por tratamentos eficazes.
Por isso, falaremos sobre a ablação por cateter, um importante procedimento para essa doença.
O funcionamento do coração
Sabemos que o coração é uma bomba muscular pulsátil, oca, que relaxa (enchendo de sangue) e contrai para expelir o sangue para o restante do corpo. Cada batimento cardíaco gera um pulso. O coração funciona por eletricidade, ativando o músculo e gerando a contração.
A eletricidade é gerada dentro do coração, na porção superior por um pequeno marcapasso natural.
O coração possui uma complexa rede de “fios” internos que propagam essa eletricidade até atingir o músculo cardíaco que contrai bombeando sangue. Assim, se esse marcapasso natural lançar 92 pulsos elétricos, o coração vai bater 92 vezes por minuto, por exemplo.
O impacto da arritmia cardíaca no coração
Agora que compreendemos, brevemente, o funcionamento do coração, enfatizamos as duas seguintes situações:
- pessoas que nascem com alguma alteração no sistema elétrico;
- pessoas que desenvolvem alterações no sistema elétrico por doenças que agridem o coração.
Pessoas que se enquadram nas situações descritas acima, produzem arritmias cardíacas – que provocam falhas nos batimentos do coração. Essas falhas podem gerar sintomas leves a consequências mais fatais. Em diversos conteúdos que postamos no blog, já falamos sobre os mais variados tipos de arritmias cardíacas, de forma que cada tipo possui um tratamento específico.
Há diversos tratamentos para arritmias cardíacas, desde medicamentos antiarrítmicos, implantes de marcapasso até a ablação. Que falaremos com mais detalhes, a seguir.
O que é a ablação por cateter?
A ablação é um procedimento minimamente invasivo, é realizada uma cauterização na área do coração que está provocando a arritmia, bloqueando os sinais elétricos irregulares e restabelecendo a frequência cardíaca normal.
Como é realizado o procedimento?
O procedimento de ablação é realizado em ambiente hospitalar com enfermeiro, anestesista e o cardiologista especializado em arritmias. Apesar de ser realizado no hospital, é um procedimento rápido, podendo levar até 4 horas de duração.
Após sedação, é inserido cateteres através dos vasos sanguíneos que chegarão ao coração, e, através de estímulos são localizadas as áreas que prejudicam o ritmo cardíaco e descarregam a carga elétrica para “ablar” aquela região.
Quando a ablação é indicada?
A ablação apesar de ser um procedimento menos invasivo deve ser recomendada pelo seu médico cardiovascular. Porém, há algumas situações que seu médico poderá recomendar a ablação, que serão:
- Quando o tratamento com medicamentos não obteve sucesso;
- Quando houve efeitos colaterais graves com os medicamentos;
- Quando for diagnosticado a taquicardia supraventricular ou a Síndrome de Wolff-Parkinson-White, devido o alto índice de sucesso que se obtém com a ablação, nesses casos;
- Alto risco de sofrer uma parada cardíaca.
Qual é o pós-operatório da ablação por cateter?
Apesar de ser um procedimento simples, é preciso tomar alguns cuidados após a realização da ablação. Geralmente, o paciente pode ficar internado de 2 a 3 dias no hospital, e após alta, deve-se tomar alguns cuidados nos próximos 7 dias, tais como:
- Evitar atividades físicas na primeira semana;
- Evitar pegar peso;
- Evitar molhar os pontos até que estejam cicatrizados;
- Tomar a medicação prescrita pelo seu médico cardiologista nos horários corretos.
A ablação é um procedimento que aumenta a qualidade de vida de quem sofre com arritmia cardíaca, é seguro e eficaz. Por isso, esteja sempre com suas consultas em dia.
Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires
Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre. Clique aqui para conhecer os locais de atendimento e agendar uma consulta.