De maneira geral, o ideal é que o coração de uma pessoa adulta bata de 60 a 100 vezes por minuto. Acima disso, considera-se que a pessoa está em Taquicardia, o que significa uma alteração no ritmo cardíaco natural.
Isso pode ser um sinal de alguma doença ou então uma manifestação mais simples do organismo de cada indivíduo. É por isso que se ressalta a importância de manter as visitas ao Cardiologista e os exames de rotina em dia, já que somente este especialista pode identificar o que essa arritmia significa e qual a melhor forma de lidar com a situação.
Vamos entender melhor como a condição pode se manifestar e, em seguida, como identificar e cuidar dela.
Grande parte das pessoas afetadas costuma relatar falta de ar e sensação de aperto no peito. Analisando mais a fundo podemos entender que há duas “origens” para este descompasso, sendo classificadas então em Taquicardia Ventricular e Taquicardia Supraventricular.
Taquicardias Supraventriculares iniciam na parte superior do coração e podem ser classificadas em:
Fibrilação Atrial:
Esta é a manifestação mais comum das arritmias e chega a atingir cerca de 10% da população acima dos 70 anos no Brasil, aumentando o risco de derrame em até 6%. Neste caso, o descompasso acontece nas veias que estão transportando o sangue dos pulmões ao coração, desordenando o ritmo dos batimentos. A partir disso, os átrios deixam de contrair por completo e o sangue fica parado, o que aumenta as
chances de formação de coágulos – por isso a maior chance de incidência de derrames.
Flutter Atrial:
Também é mais comum na população acima dos 70 anos e está ligada, na maioria dos casos, a casos de Hipertensão Arterial Sistêmica ou Insuficiência Cardíaca. Nessa situação, o ritmo cardíaco costuma ser mais regular, mas os descompassos, quando acontecem, costumam ser acompanhados por palpitações, dores e falta de ar.
Taquicardia Atrial:
Já é um caso pouco comum e está diretamente ligado a “atividades elétricas anormais” nos músculos dos átrios, que descompensam o ritmo comum do coração. Em adultos, a evolução desse quadro pode ser com eventuais crises ou então uma condição constante, que, por sua vez, leva à insuficiência cardíaca.
Síndrome de Wolff-Parkinson-White:
Neste caso raro, a pessoa nasce com um fio elétrico a mais no chamado “circuito elétrico” do coração, o que faz com os batimentos sejam acelerados, quase sempre fora do ritmo. Quem é afetado por essa condição comumente apresenta frequentes tonturas, desmaios e cansaço.
Já no caso das Taquicardias Ventriculares, o descompasso inicia nas câmaras inferiores do coração e tem sua origem, na maioria das vezes, relacionada a doenças pré-existentes ou com histórico familiar.
Extra-sistoles: caracteriza-se como uma batida anormal, quase “a mais” que o coração dá. Quando monitorado por um especialista, não é comum a necessidade de tratamento. De maneira geral, estas palpitações ainda podem se manifestar com diferentes durações, compassos e efeitos no organismo de cada pessoa. As crises podem ser mais sérias quando se relata dores do peito, desmaios e falta de ar. Por isso é necessário o acompanhamento com um Cardiologista e a atenção constante aos sintomas mais comuns, que iniciam com palpitações e tonturas.
Vale ressaltar que muitas pessoas confundem ainda o nome “Taquicardia Sinusal” com ainda outra disfunção, porém, esta é, na verdade, a resposta correta do coração aos estímulos externos. É certo que o ritmo cardíaco aumente diante de situações de estresse, esforço ou nervosismo e que volte ao normal uma vez que a circunstância se normalize.
Como identificar e cuidar da Taquicardia?
Atualmente, os casos comentados acima, quando monitorados de perto por um especialista, oferecem pouco risco de morte súbita aos pacientes. Diversos exames e tratamentos podem ser combinados a fim de garantir plena qualidade de vida. Exames modernos como o teste ergométrico e o Holter 24h avaliam constantemente o ritmo do coração e fornecem dados para alinhar o melhor tipo de cuidado.
Além disso, um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada e atividades físicas moderadas auxiliam não somente a saúde do coração, como de todo o corpo.
Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires
Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre. Clique aqui para conhecer os locais de atendimento e agendar uma consulta.