Além do avançar da idade que representa um risco maior à algumas condições cardíacas, as mulheres enfrentando o período da menopausa encaram uma situação ainda mais delicada. Isso porque toda a mudança que este período representa em seu organismo também pode ter consequências no coração.
Segundo dados do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), o número de mulheres acometidas por infarto e cirurgias cardíacas sobe cerca de 30% neste período da vida.
Sendo assim, é de extrema importância entender quais serão as mudanças que o corpo passará durante essa fase e o que esperar de alteração no ritmo cardíaco.
Acompanhe a leitura e entenda mais sobre o assunto!
Vamos começar entendendo a menopausa?
Este é um evento natural e fisiológico que ocorre entre os 45 e 55 anos das mulheres. Quando os ovários interrompem a produção dos hormônios responsáveis pelo ciclo menstrual, o estrogênio e a progesterona, é quando a menstruação é interrompida definitivamente.
A partir disso, se inicia o período chamado climatério, a transição do período produtivo/fértil para o não reprodutivo. Esta transição, que representa uma grande mudança no corpo, pode ou não vir acompanhada de diversos sintomas, tais quais:
- Ondas de calor;
- Alteração na libido;
- Mudanças de humor;
- Dificuldades no sono.
Estas alterações hormonais da menopausa, podem se manifestar de maneira mais branda, mas também, em alguns casos, desencadear questões mais profundas, tanto físicas como psíquicas:
- Perda de massa óssea;
- Alteração na distribuição de gordura no corpo, ficando focado mais na região abdominal;
- Alterações na pele, cabelos e unhas;
- Irritabilidade, sensibilidade extrema e/ou instabilidade emocional;
- Depressão, ansiedade, insônia e/ou perda de memória.
Como essas mudanças podem afetar o coração?
Compreendendo a dimensão de todo esse período de transição da menopausa, entende-se que o coração pode ser afetado. Isso se dá também pelo fato da não-produção de estrogênio, um dos principais hormônios para o bom funcionamento cardíaco.
Há alguns pontos que devem receber mais atenção durante esse período e que podem se manifestar mais lentamente, mas não de maneira menos intensa ou preocupante, como:
Aumento do colesterol:
O aumento de colesterol e de outras gorduras no sangue impactam diretamente as chances de surgimento de doenças cardíacas;
Mudança no ritmo cardíaco:
Durante esse período, pode haver um aumento no número de batidas por minuto. Muitas mulheres relatam palpitações, batimentos acelerados e descompassados e que são, em alguns casos, acompanhados de tontura e vertigem.
Aumento da pressão arterial:
Unindo a baixa/nula produção de estrogênio à rigidez do coração e dos vasos sanguíneos, há a dificuldade que o sangue vai ter de percorrer os vasos e artérias, o que, por consequência, eleva a pressão arterial.
Possível surgimento de Diabetes:
A dificuldade de controlar a glicemia neste período é maior, já que, em muitos casos, há maior resistência à insulina (hormônio necessário para transformar o açúcar em uma solução boa para o organismo). Isso, de maneira ampla, pode desencadear a Diabetes.
Além de compreender o que se passa no organismo nos diferentes momentos da vida, é necessário entender quais áreas vão precisar de um olhar atento. No caso da Menopausa, é possível passar pelo período de transição de maneira mais tranquila quando acompanhado pelos médicos especialistas das áreas necessárias.
Conheça os serviços do Dr. Leonardo Martins Pires
Mestre e Doutor em Cardiologia, o Dr. Leonardo Martins Pires é especializado em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva e é membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O Dr. Leonardo também é diretor de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul e faz atendimento em quatro Hospitais na região de Porto Alegre.
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